Studio Ghibli completa 35 anos: alguns filmes que você pode ter deixado escapar

Studio Ghibli completa 35 anos: alguns filmes que você pode ter deixado escapar

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Neste mês de junho o famoso Studio Ghibli completa 35 de existência. Apesar de acreditar que dificilmente alguém chegaria até aqui sem ao menos ter escutado falar sobre o estúdio, vale a apresentação: Studio Ghibli é um estúdio japonês de animação, fundado em 1985 por Hayao Miyazaki, Isao Takahata, Toshio Suzuki e Yasuyoshi Tokuma após o sucesso de “Nausicaä do Vale do Vento” (1985) e que até hoje representa a excelência quando o assunto é animação. Suas obras, em grande parte, são impecáveis em qualidade, possuindo um charme próprio.

Três fundadores do Studio Ghibli: Hayao Miyazaki, Toshio Suzuki e Isao Takahata
Creditos: Nicolas Guérin

Dito isso, listar os melhores filmes do estúdio é uma tarefa que, apesar de ingrata, é fácil. Dificilmente Meu Vizinho Totoro (1988), Princesa Mononoke (1997), A Viagem de Chihiro (2001), O Túmulo dos Vagalumes (1988), dentre outros, ficariam de fora, só mudando mesmo a ordem de preferência. Além de gosto, são filmes que mexem mais com o íntimo de cada pessoa e essa lista vai reverberar o que o telespectador estava sentindo no momento em que assistiu cada um.

Resta então os filmes bons (ou até mesmo medianos), e é sobre eles que quero falar nesse momento. Afinal, se você já assistiu os citados previamente, vale a pena partir para esses. Os filmes estão em ordem cronológica de lançamento e todos estão disponíveis na Netflix!

Ressalto que alguns dessa lista podem parecer como “menos bons”, mas como dito previamente, acredito mais que dependa do estado de espírito do telespectador no momento que estava assistindo do que ser ruim por si só.

Memórias de Ontem (Omoide Poro Poro)

Essa animação de 1991 conta a história de Taeko, uma mulher solteira de 27 anos que durante uma viagem começa a reviver suas memórias de quando tinha seus 10 anos e percebe que a vida que leva atualmente não condiz com seus sonhos de criança.

“Memórias de Ontem” não possui ação, cenas mirabolantes ou uma grande história, pelo contrário, chega até ser um pouco monótono. Porém é um filme que remete à nossa própria vida, fazendo refletir se estamos felizes com as decisões tomadas ao longo do tempo.

Eu Posso Ouvir o Oceano (Umi ga Kikoeru)

Já em 1993, Eu Posso Ouvir o Oceano foi lançado diretamente para a TV com a ideia de ter um custo menor e uma produção mais rápida. A animação também possui uma temática mais realista, retratando a vida cotidiana de estudantes, com suas amizades, paixões, desconfianças e intrigas.

Aqui é retratado a história de 3 amigos, que vão se auto conhecendo a medida que a história avança. O interessante é que ao assistir, também podemos refletir em como lidamos com certas situações apresentadas, nos deixando mais ligados emocionalmente à história.

Sussuros do Coração (Mimi wo Sumaseba)

Sussuros do Coração, animação de 1995, é um filme simples e leve, que possui um ar de romance bem suave para demonstrar o amadurecimento dos personagens. Fazer planos, idealizar o futuro, traçar metas, fazem parte desse amadurecimento retratado no longa que nos faz pensar no nosso próprio propósito de vida.

Meus Vizinhos, os Yamadas (Honokekyo Tonari no Yamada Kun)

Essa animação de 1999 entrou na lista por um simples motivo: é a mais diferente em quesito de estilo de todas já feitas pelo estúdio! Causa uma certa estranheza no início (afinal estamos acostumados desenhos impecáveis vindos da Ghibli), mas inovar e sair do lugar comum traz, no mínimo, uma experiência interessante.

A história é simples, já que retrata de uma forma divertida o dia a dia comum da comum família Yamada. O interessante aqui é ver particularidades que estão presentes em todas as famílias, independente da cultura.

Vidas ao Vento (Kaze Tachinu)

Por fim, Vidas ao Vento, lançado em 2013, sendo uma biografia ficcionalizada do engenheiro Jiro Horikoshi (1903-1982), merece destaque primeiro por ter sido indicado ao Oscar de 2014, segundo por mostrar que se a vida da às costas pra você, você vai lá e da um jeito de encarar de novo (não, aqui você não da às costas pro mundo)! Contudo essa “encarada” pode custar caro e essa animação nos faz refletir se estamos dispostos a pagar o preço da realização dos sonhos.

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